A CURA DO COMANDANTE NAAMÃ E O MILAGRE DA HUMILDADE

Já lhe ocorreu de chegar numa consulta e constatar que o endocrionologista era obeso? E você então ser compelido a concluir que por seu tamanho avantajado ele deveria ser mau médico?
Sempre julgamos quase tudo e, pior, pela aparência. O péssimo hábito de julgar pelo que vê é inerente ao ser humano. Porém, não aos seres humanos especiais, que, humildes, sempre admitem que a vida surpreende a todos situações inovadoras.
Há quase três mil anos antes disso que vem a seguir, Israel sofria muito
com a opressão da Síria e todo israelita queria livrar-se disso.
Aconteceu que uma garota judia foi levada à força como escrava da
mulher de Naamã, justamente o comandante do exército da Síria, o pior inimigo de Israel. Aquela mulher precisava de alguém para ajudá-la a cuidar do marido extremamente enfermo sofrendo de lepra.
Ao chegar no palácio, movida pela ausência de ódio e julgamento, mesmo nessa terrível circunstância, a judia usou de bondade e se compadeceu de Naamã e de sua esposa.
Por isso, ela falou sobre o terapeuta Eliseu, um profeta em Israel, sugerindo-lhe que só Eliseu teria condições de curar aquela lepra já tão avançada.
Naamã aceitou a sugestão e foi depressa para Israel, onde, por meio
do rei, conseguiu contatar Eliseu e foi bater na casa do profeta.
Eliseu, humilde, que era importante mas tratava todo mundo igual, não ficou lisonjeado com a visita desse alto comandante do exército opressor e nem quiz atendê-lo pessoalmente.
Eliseu mandou um mensageiro para orientar o
comandante. A instrução foi simples: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a
tua carne será restaurada, e ficarás limpo” (2 Reis 5:10).
O prepotente Naamã, como lobo que nunca perde o pelo, ficou indignado e até furioso, porque a atitude do profeta
não correspondeu às suas expectativas.
Orgulho, arrogante mesmo em desvantagem, Naamã imaginou que Eliseu faria um ritual
de cura pessoalmente, não que mandaria o surpreedesse com o menosprezo de falar com alguém anônimo e ainda ser mandado mergulhar em um rio sujo!
Retrucando o comandante perverso até
citou os nomes de rios por ele considerado melhores que o Jordão para banhar-se na sua própria terra em busca de cura.
Por isso, ofendido, Namaã foi embora intrépido. Porém, lá chegando, ouvindo de novo a menina, por não haver nenhum outro sinal de esperança, os oficiais de Naamã ponderaram com serenidade e conversaram com ele, demovendo o comandante da ideia de desobedecer Naamã ou de vingar-se da atitude profética dele.
Então, o comandante foi ao
rio Jordão, mergulhou-se as sete vezes e ficou completamente curado!
Mas, ainda restou uma dificuldade implantada pelo orgulho nessa vida de vaidade de alguém que só sabia vencer. O conquistador de povos não queria dever obrigação a um homenzinho simples de Israel. Naamã voltou com força à casa dele e insistiu que Eliseu recebesse pessoalmente um
presente em pagamento pela cura, mas ai novamente o profeta recusou.
Eliseu recusou-se a usar seus dons para adquirir riquezas. É triste observar quantos hoje em dia se enriquecem às custas do poder que ganharam de Deus. Há homens fazendo isso em quase todas as religiões, fazem exatamente o oposto.
Por seus constantes apelos financeiros, praticamente vendem as supostas bênçãos ou até seu dom de cura a preços incanculáveis.
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